sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Como segurar a baqueta corretamente


Eae Galera Um post que eu vi que é muito importante ''como segurar uma baqueta corretamente'' tem muita gente por ai que ainda não sabe a maneira certa.

Aprender a como segurar a baqueta corretamente é uma das primeiras técnicas que um baterista deveria aprender. Às vezes muitos dos bateristas iniciantes não conseguem perceber a importância de uma pegada adequada da baqueta, em última análise dificultando a sua curva de aprendizagem. Quando você tocar bateria com a pegada correta das baquetas, você irá obter o máximo de retorno e controle de suas baquetas. Além é claro que uma pegada correta das baquetas favorece e muito os rufos perfeitos!
Portanto, se você tiver velhos vícios na sua pegada, agora é hora de substituir esses hábitos ruins pela técnicas corretas. A falta de uma bateria nesses casos não podem nem servir como desculpa, já que você pode praticar essas pegadas a qualquer hora com apenas 1 par de baquetas.

Como segurar a baqueta corretamente

Antes de começarmos com as instruções, gostaria de deixar claro algumas coisas como:
1 - Esteja relaxado. Ter os músculos relaxados mas firmes é importante. Geralmente quem tem uma técnica ruim tensiona mais os nervos e músculos. O certo é ter um aperto firme e relaxado ao mesmo tempo, não seja mole demais a ponto de soltar do nada a baqueta de suas mãos (é engraçado mas comum), nem tratar a sua baqueta como uma caneta.
2 - Para otimizar mais o seu estudo, sente corretamente em um banco. Manter uma boa postura enquanto toca com as baquetas é importante para manter os músculos dos ombros e das mãos relaxados.
3 - Toque com a caixa de sua bateria (ou aquelas baterias de estudo com superfície emborrachada) e um ângulo reto. Evite deixar a caixa de sua bateria muito inclinada, o ideal é deixá-la reta, isso é importante para quem está aprendendo.
4 - Ajuste a superfície na altura certa. Tocar numa caixa ou superfície numa altura muito alta vai fazer os seus ombros ficarem encolhidos e duros. Tocar numa superfície muito baixa vai fazer com que seu antebraço se incline muito.
5 - Punhos e antebraços retos. É importante também ao começar o movimento do ponto 0 com os punhos em linha reta em relação ao antebraço, nem inclinado pra cima nem pra baixo.
6 - Use o punho e os três últimos dedos a seu favor, isso não é um exercício de força, isso é uma técnica de controle,  já que você precisa de controle total de seus punhos e articulações para ter controle dos rebotes na pele.
Lembre-se que uma mecânica correta leva a um menor esforço físico e evitando assim futuras lesões.

Como usar o Matched Grip

Basicamente existem dois grupos para você seguir ao segurar uma baqueta corretamente, a padrão e mais usada hoje em dia é chamada de Matched Grip. O Mached Grip é uma pegada mais moderna, ideal para estilos musicais mais modernos e menos clássicos, a sua vantagem é que ele é fácil de pegar o jeito, e as duas mãos apresentam as mesmas pegadas.
Esta pegada consiste em movimentos de “pinça” e “mola”. A pinça você faz ao segurar a baqueta com o polegar (a polpa do polegar) e o indicador (baqueta na lateral da falange média). A pegada correta para fazer a pinça não pode ser nem muito acima nem muito abaixo da baqueta, o ideal é deixar uma “bunda” da baqueta sobrando. A mola você faz ao flexionar os três últimos dedos (médio, anular, mínimo).
01 – Pegada de pinça
02 – Forma correta de segurar a baqueta corretamente
03 – Posicionamento das mãos em pegada Matched Grip
Esse é o conceito básico do Matched Grip, mas dentro dele, existe 3 variações em suas execuções que nas quais veremos agora.
Germanian Grip - O Germanian Grip ou Pegada Alemã é mais comum para bateristas de rock ou para rufos militares, ela permite toques com grande potência. A sua execução é feita paralela à pele. O movimento é executado mais no punho e antebraço e exige maior esforço muscular do que em relação à pegada francesa. A execução de rimshot também é bem facilitada quando se adota a GG. O mecanismo de pinça-e-mola funciona de modo menos eficaz na GG, o que pode atrapalhar a execução de rolls mais sutis. O que torna essa pegada diferenciada é o ângulo de execução ao tocar, com as palmas das mãos viradas para baixo, ela forma uma angulação de 90° com a pele do tambor.

American Grip – A pegada americana é muito semelhante à pegada alemã, mas nesse caso mudamos o ângulo de suas baquetas. Em vez de ter seus cotovelos mais afastados e suas baquetas em um ângulo de 90 graus, relaxe um pouco, e deixe seu braço ceder um pouco. Você vai notar que suas baquetas vão abaixar um pouco, reduzindo a um ângulo exatamente de 45°. Este é o estilo de segurar a baqueta mais usado, justamente por ser mais confortável. De modo geral ele tem um aproveitamento melhor do movimento pinca-e-mola. Fisiologicamente, o maior arco de movimento do punho se faz exatamente neste posicionamento, e o mecanismo de pinça-e-mola é melhor aproveitado porque o movimento da baqueta na pinça passa a seguir o mesmo plano de movimento do punho.

French Grip – O estilo francês de segurar a baqueta é um pouco mais diferenciado em relação ao alemão e americano. Aqui você relaxa mais ainda e você irá notar que as baquetas ficam mais próximas uma das outras, e a palma da mão em um plano perpendicular ao da pele do tambor. Com as duas mãos em FG, as palmas ficam voltadas uma para outra. A FG foi desenvolvida para execução de toques rápidos e leves, preferencialmente em caixas sinfônicas, pois oferece grande controle de dinâmica. Por outro lado, é uma pegada que não permite execução com muita potência. Na FG o movimento é praticamente limitado aos dedos.

Traditional Grip

A pegada tradicional ou regular vem dos tempos de guerras do séc. XVIII, quando o percussionista tinha que tocar de pé com as baquetas. Muitos bateristas e percussionistas, principalmente os que tocam o estilo jazz, continuam a usar este modo, mas apenas para a mão esquerda. Esse tipo de Grip ainda é muito utilizado em Bandas Marciais e Fanfarras. Diversos bateristas de rock também a utilizam, como Neil Peart e Stewart Copeland.
Nesta pegada, a baqueta é passada entre o dedão e o indicador (estes dois dedos desempenhando a função de eixo da alavanca formado pelo conjunto dedos+baqueta) e entre o dedo médio e o anelar (cuja função é controlar a descida e subida da baqueta, através da alavanca)
Embora a TG não exija um posicionamento especial da caixa, normalmente quem a adota prefere usar a caixa com o lado esquerdo 1 a 2 cm mais alto que o direito, para facilitar a execução de rimshots. A TG normalmente é utilizada somente na mão esquerda (para os destros), embora sujeitos como Billy Cobham terem chegado a adotá-la nas duas mãos. A TG é considerada uma pegada difícil e cheia de macetes, exatamente por ser relativamente antinatural, mas uma vez dominada, é provavelmente a mais versátil de todas, que permite ter desde a potência da GG até a sutileza e precisão da FG. Uma limitação da TG é em relação ao alcance de peças posicionadas à esquerda do kit (para destros), que exige uma torção acentuada do tronco para que a ponta da baqueta atinja corretamente a peça.
Cada uma destas pegadas pode ser combinada com outra. Por exemplo, pode-se usar AG na mão de condução enquanto se toca os hi-hats e usar a GG na mão oposta. Quando a mão de condução passa para o ride, pode-se passar para a FG ou para AG. Quanto melhor você dominar cada técnica, mais opções terá para explorar seu kit. No entanto, não deixe que a adoção de uma das técnicas impeça seu desenvolvimento. Por exemplo, se você tiver dificuldade em praticar um determinado rudimento com uma das pegadas, adote uma que facilite o estudo. Quando tiver dominado, estude com outra pegada, e assim por diante.




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