segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Técnicas para mão esquerda para tocar contrabaixo


Olá nação baixista! Que tal concentrarmos os estudos de hoje na mão esquerda? E claro sempre trabalhando no desenvolvimento e aperfeiçoamento na coordenação de nossas mãos juntas.
Se você  já viu uma performance de um grande músico da música clássica, já deve ter notado alguns elementos chave na sua tocabilidade. Músicos desse estilo de renome  internacional são disciplinados em relação a sua técnica. Muito daquilo que eles tocam exige foco intenso, destreza, e consistência. Apesar da excelência exigida deles, no entanto, um grande músico desse estilo permanece muito relaxado e calmo, e essas características permitem que ele (a) permaneça expressivo, dinâmico e musical ao longo de uma performance. Independentemente de saber se você é ou não um fã de música clássica, é difícil não apreciar o nível de maestria técnica demonstrada por seus executores.
Obviamente, há muito a ser adquirido como um baixista se quisermos imitar a disciplina técnica de um músico clássico. Curiosamente, a nossa abordagem técnica básica como um contrabaixista elétrico praticamente espelha o de um violonista clássico. Por exemplo, olhe para o jeito de como um violonista clássico posiciona as suas mãos. O posicionamento das mãos direita e esquerda são praticamente idênticas as nossas. A principal diferença  é que um violonista clássico usa a unha dos dedos em vez das pontas dos dedos para fazer o pluck. A técnica da mão esquerda, no entanto, é basicamente a mesma. Neste artigo, vamos tentar incorporar aspectos relevantes que se aplicam para a nossa mão esquerda – ou a mão que segura o braço do constrabaixo.

Técnicas para mão esquerda para tocar contrabaixo

Na maioria das aplicações, a técnica básica para a nossa mão esquerda permanece inalterada. Por exemplo, independente de você estiver usando o fingerstyle, slap & pop, ou uma abordagem utilizando mais o abafamento com plucks, a mão esquerda estará fazendo essencialmente a mesma coisa. Então vou reunir uma lista de três diretrizes gerais a serem seguidas para se trabalhar de forma limpa a sua digitação:
1. Evite de usar uma abordagem que use muito a parte plana de seus dedos.
Em outras palavras, tente tocar mais usando as pontas dos dedos. Isto envolve em manter os dedos da mão esquerda ligeiramente curvos.
A razão para isso é que você consegue efetivamente minimizar a área de ação de seus dedos ao entrarem em contato com as cordas e a escala do baixo. O resultado disso é uma melhor entonação e maior precisão com a sua mão esquerda. Para demonstrar isso, pense sobre como um baixo sem os trastes é tocado. Tocar de forma correta nesses caso requer uma atenção especial ao local onde as cordas irão entrar em contato com a escala do baixo. Um mínimo movimento mais acima ou mais abaixo do que devia já muda muito a entonação da nota. Quanto mais estreita for essa digitação dos dedos na escala do baixo, mais fácil e preciso será acertar a altura correta das notas.
Apesar de um baixo com trastes nos proporcionar as casas entre os trastes e eliminando assim esse medo de errar, ainda assim este conceito é válido, pois tocar com a parte plana dos dedos corre-se o risco de perder a precisão. (Obviamente, esta regra não se aplica se precisarmos fazer uma pestana ou outra shape parecida no baixo, porque daí tocar de forma precisa com as pontas dos dedos não se faz necessário).
2. Mantenha o polegar atrás do braço do baixo
Sempre que possível, tente evitar trazer o polegar sobre a parte superior do braço. Quanto mais alta for a posição de seu polegar; maior dificuldade os seus outros dedos terão de alcançar determinadas casas, especialmente quando se toca as cordas mais agudas de seu contrabaixo. Um bom lugar para manter o polegar está no meio da parte de trás do braço para que você possa maximizar a estabilidade e alcance
Embora o polegar torna-se efetivamente uma âncora para a sua mão esquerda, você NÃO precisa apertar firme demais! Não deve haver qualquer força excessiva do seu polegar na hora de pressionar as cordas com a mão esquerda. Uma boa maneira de testar isso é tentar deixar cair o polegar para fora do braço enquanto estiver tocando
Preferencialmente você ainda deve ser capaz de tocar bem as notas das casas utilizando apenas seus outros dedos. Se você alguma vez já sentiu alguma dor na articulação do polegar ou na palma de sua mão esquerda, tente fazer esse teste e veja o quanto você está dependendo da força de pressão do seu polegar. Então tente posicionar o seu polegar de forma que ele possa deslizar tranquilamente em todas as direções atrás do braço do instrumento enquanto você toca. Isso permite que você toque de forma mais relaxada e de alcançar melhor os trastes.
3. Mantenha um espaço entre a palma da mão e o braço do baixo
O objetivo principal nisto é manter a consistência na posição da mão, independentemente da corda que você estiver tocando. Você vai notar que, se a palma da mão encostar na parte de trás do braço, naturalmente o seu polegar será levado à parte superior do braço, e assim os outros dedos ficarão numa posição menos perpendicular às cordas.
Esta posição faz com que seja muito mais difícil de tocar com os dedos curvados e limita o seu alcance por causa da posição elevada do polegar. Para ter uma idéia de uma posição mais benéfica para sua mão, tente colocar sua mão esquerda em uma posição aberta e relaxada da mão a meia distância do baixo.
Depois simplesmente levante a mão para encaicar no braço do contrabaixo. Confome a mão se encontra com o instrumento, o polegar deve, naturalmente, se mover na posição do meio atrás do braço, e os dedos curvados devem tocar as cordas.
Esta é uma posição básica muito boa de se acostumar a usar, e você vai querer manter esta posição independentemente das cordas que estiver tocando.
Agora vamos ver algumas outras técnicas para mão esquerda para tocar contrabaixo que serão muito úteis na hora de desenvolver as suas técnicas como contrabaixista. (Esta filosofia também se aplica à mão direita):

Evite ângulos agudos nos seus pulsos

Aqui está um ponto onde não pode ser negligenciado. Um ângulo muito agudo nos pulsos, combinado com a tensão e a fadiga, contribuem significativamente para lesões graves nas mãos, e essas lesões podem ser por vezes irreversíveis. Embora tais problemas como a síndrome do túnel de carpo, lesão por esforço repetitivo, e tendinite estão fora do âmbito desta questão, a sua prevenção é auxiliada por evitar esforço excessivo sobre os pulsos.
Em geral, você quer manter o seu baixo a uma altura que permite um ângulo moderado em seus pulsos. Você vai descobrir que, se o seu baixo tende a ir excessivamente para baixo, o seu pulso esquerdo tenderá a se inclinar demais. Por outro lado, se você usar o seu baixo excessivamente alto, o seu pulso direito formará esse ângulo. O que você tem que ficar ligado também é que mesmo tocando em um ângulo adequado do baixo, a maioria das pessoas acabam lutando contra a tensão dos pulsos conforme for tocando mais próximo do heastock (cabeça) do contrabaixo. Veja como é:
O problema fica exagerado quando o baixista tenta manter um esticamento muito grande dos dedos nesta área, como no exemplo acima.
As 2 últimas figuras ai de cima são exemplos deveriam ser evitados. Uma solução alternativa para tentar evitar essas distâncias desconfortáveis envolve em alcançar em cada nota sucessiva enquanto mantém a mesma digitação. Não se preocupe em manter a sua mão em uma posição esticada, em vez disso, deixe a sua mão em um estado relaxado, e conforme você for tocando as notas uma por vez, permita que o seu polegar e mão deslizem para a próxima nota. Se utilizando desta técnica, você vai se proteger de futuras lesões enquanto mantém as mãos em uma posição consistente e de boa técnica.

Fique relaxado

Os benefícios do relaxamento podem ser óbvios para nós. A tensão rouba a nossa resistência, destreza e agilidade técnica. No entanto, ficar relaxado enquanto toca é muitas vezes mais fácil dizer do que fazer. Primeiramente o relaxamento começa nos ombros. A maioria dos baixistas que lutam com a tensão em sua tocabilidade normalmente carregam mais de sua tensão em seus ombros. Então a próxima vez que estiver praticando, preste atenção nisso, não somente na tensão nos ombros como também nos antebraços e mãos. Quando você parar para fazer uma pausa entre músicas ou exercícios, relaxe e analise isso de novo. Se você sentir uma diferença significativa nos seus ombros, você provavelmente está tocando com muita tensão.
A única maneira de sair dessa é estar em um constante estado de relaxamento. Por mais bobo que parece ser, isso deve ser algo que tem que ser incorporado em sua rotina diária. Assim que estiver tocando e perceber qualquer tensão em seu corpo pare imediatamente. Comece de novo até se encontrar em um estado relaxado, isso ajuda a treinar o seu corpo e mente para esse condicionamento.




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